Resenha: Em Chamas, de Suzanne Collins

Depois da improvável e inusitada vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark nos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações dão sinais de que uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito 12, não apenas venceram os Jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram fazer todos - incluindo o próprio Peeta - acreditarem que são um casal apaixonado. A confusão na cabeça de Katniss não é menor do que a das ruas. Em meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescentes vitoriosos - transformados em verdadeiros ídolos nacionais - podem ter na população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle, mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente.

   "Em Chamas": um título totalmente propício ao livro, que aos poucos, vai pegando fogo! Suzanne Collins mais um vez trouxe muita aventura, com um livro muito bem construído e com personagens apaixonantes! 
   Diferentemente da 74ª Edição, onde Katniss teve poucos aliados, a protagonista de "Em Chamas" acaba formando um grupo significativo de tributos vitoriosos. E Collins soube facilmente criar uma boa relação entre os personagens, formando secundários significativos para o livro. 
   A temática da série também ganhou um peso muito maior neste volume. Acontecimentos de tirar o fôlego como revoltas, lutas, mortes e a Capital em si foram narradas de uma forma mais intensa, carregada de emoção, causando arrepios durante toda a leitura. Fora que a arena é simplesmente fantástica, muito mais elaborado do que a de "Jogos Vorazes".
   A edição também foi incrível por parte da editora Rocco. Não encontrei nenhum erro, muito menos falta de coesão nas frases. Apesar da capa ser "simples", eu achei muito bonita, bem relacionada com a história mesmo.  

"Então entendo o que significa. Pelo menos para mim o Distrito 12 tem apenas três vitoriosos vivos para serem escolhidos. Dois do sexo masculino. Uma do sexo feminino... Vou voltar para a arena."
Página 187

   Algo que me chamou a atenção e me deixou um tanto decepcionado foi o momento em que Katniss "se toca" que tem que voltar para a arena. Foi algo pouco detalhado, rápido e sem muita emoção. Apesar de não ser algo tão significativo assim para a obra, seria mais empolgante se houvesse uma narrativa mais incrementada por parte de Collins. 
   Outro ponto negativo foi com certeza o desfecho deste segundo volume da série. Como sempre acontece com sagas, o final da obra ficou bem vago. E isso, é claro, é para fazer o leitor ficar ansioso pelo próximo volume. Apesar de eu não gostar disso, deixei passar, afinal, é Suzanne Collins! E eu também já tenho "A Esperança" na estante me esperando, então em breve irei saber todo o desfecho desta trilogia maravilhosa.  
   Sem dúvidas, "Em Chamas" é tão bom quanto seu sucessor. Se você já leu o primeiro volume, não perca mais tempo e vá agora ler a continuação de "Jogos Vorazes"! Indico muito!!!