sexta-feira, 5 de abril de 2013

Resenha: Silêncio, de Becca Fitzpatrick




Nora Grey não consegue se lembrar dos últimos cinco meses. Depois do choque inicial de acordar em um cemitério e descobrir que ficou desaparecida por semanas, ela precisa retomar sua rotina, voltar à escola, reencontrar a melhor amiga, Vee, e ainda aprender a conviver com o novo namorado da mãe. Em meio a tudo isso, Nora é assombrada por constantes pensamentos com a cor preta, que surge em sua mente nos momentos mais improváveis e parece conversar com ela. Alucinações, visões de anjos, criaturas sobrenaturais. Aparentemente, nada disso tem a ver com sua antiga vida. A sensação é de que parte dela se perdeu. É então que o caminho de Nora cruza o de um sexy desconhecido, a quem ela se sente estranhamente ligada. Ele parece saber todas as respostas… e também o caminho até o coração de Nora. Cada minuto a seu lado confirma isso, até que Nora se dá conta de que pode estar apaixonada. De novo.

   Em “Silêncio”, a marca registrada é o suspense. Neste terceiro volume de “Hush, Hush”, Nora acorda misteriosamente em um cemitério, perto do túmulo de seu pai. E pior ainda: ela não se lembra de nada dos últimos cinco meses.
  Tá ok, eu amo suspense e mistério, mas o que temos nesta obra está mais para enrolação do que para esses dois gêneros. Durante muitos capítulos, temos praticamente a mesma história de “Crescendo”, pois durante várias páginas, Nora fica naquele pensamento: “Ao mesmo tempo em que me sinto atraída por Patch, sinto perigo nele também”. E devo confessar: isso me irritou muito. Muito mesmo. Becca Fitzpatrick realmente enrolou muito, porém há uma exceção: ela fez isso muito bem.  Há autores que escrevem sem saber onde vão chegar, mas também há autores que escrevem já com um propósito em mente. E qual das duas opções Fitzpatrick adota em “Silêncio”? Sim, a segunda. E isso me deixou mais empolgado com o livro, pois chegou um momento em que tudo se encaixou, o que consequentemente trouxe mais sentido a obra. Mas mesmo assim, a enrolação foi desnecessária.

“Sei que faria qualquer coisa por você, mesmo que para isso tivesse que agir contra meus instintos e minha natureza. Abriria mão de tudo que tenho, até da minha alma, por você. Se isso não é amor, é o melhor que tenho para oferecer."

   Em comparação aos outros volumes da série, “Silêncio” é a obra que tem o desfecho mais vaga, pois Fitzpatrick não acabou realmente a história neste livro, ela mais uma vez deixou as melhores respostas presentes em outro volume da série. De fato, isso foi muito inteligente da parte da autora, pois faz o leitor querer realmente continuar a ler a saga até o fim. Porém isso vem me incomodando muito desde “Crescendo”.
   Novamente não encontrei nenhum erro na obra. E o que é essa capa? Muito bem criada. Eu sei que na resenha anterior eu já tinha avisado que não gostava de pessoas estampando as capas dos livros, mas essa capa de “Silêncio” é perfeita, a minha preferida da série! Até porque retrata bem o livro. 
   Os personagens continuam os mesmo desde “Sussurro”. Ainda há aquele belo romance entre Nora e Patch. Marcie, inimiga da Nora, ainda incomoda um pouco a protagonista. E há também a Vee, mas que por sinal, fica um pouco distante nesta obra – mas mesmo assim, continua a mesma Vee de sempre: bem humorada. E por último e não menos importante temos a presença de Hank Millar, o mesmo vilão de “Crescendo”.
   No geral, a leitura flui rapidamente – apesar da enrolação -, tem ótimas cenas e diálogos. Sem dúvidas muitos vão adorar esse terceiro volume de “Hush, Hush”.

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