quinta-feira, 9 de maio de 2013

Resenha: A Esperança, de Suzanne Collins


Depois de sobreviver duas vezes à crueldade de uma arena projetada para destruí-la, Katniss acreditava que não precisaria mais de lutar. Mas as regras do jogo mudaram: com a chegada dos rebeldes do lendário Distrito 13, enfim é possível organizar uma resistência. Começou a revolução. A coragem de Katniss nos jogos fez nascer a esperança em um país disposto a fazer de tudo para se livrar da opressão. E agora, contra a própria vontade, ela precisa assumir seu lugar como símbolo da causa rebelde. Ela precisa virar o Tordo. O sucesso da revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade. Será que vale a pena colocar sua família em risco novamente? Será que as vidas de Peeta e Gale serão os tributos exigidos nessa nova guerra? Acompanhe Katniss até o fim do thriller, numa jornada ao lado mais obscuro da alma humana, em uma luta contra a opressão e a favor da esperança.
  
   Uma leitura um tanto cansativa no começo. Uma reviravolta já prevista - e nada épica - e momentos tensos. “A Esperança” é basicamente composto por isso.
   E depois de um final vago em "Em Chamas", a autora tinha que compensar com um começo ótimo, não? Não, não tinha. E foi isso que ela fez.  
   “A Esperança” não chega perto da qualidade dos volumes anteriores da trilogia. Primeiramente, pois a narrativa de Collins já está um pouco desgastada. Parece que a norte-americana necessitava criar um início rapidamente, o que fez de sua escrita sem muita emoção. E isso acarretou algo muito importante: li as primeiras duzentas páginas da obra lentamente e sem muito interesse. Segundo: acontecimentos importantes narrados em poucos capítulos. O “meio” do livro foi bem surpreendente, porém a autora não focou muito nisso, o que deixou o livro sem aquela emoção, que antes poderia ser encontrada logo no começo de “Jogos Vorazes” e “Em Chamas”. Terceiro: o final de alguns personagens ficaram suspensos no ar. Um bom exemplo: o fim da mãe de Katniss. Ela morreu? Nunca mais viu a filha? Virou médica profissional? Esses foram basicamente os fatores que me decepcionaram. Fora isso, o desenrolar da história acontece de uma maneira agradável.

“Necessito é do dente-de-leão na primavera. Do amarelo vivido que significa renascimento em vez de destruição. Da promessa de que a vida pode prosseguir, independente do quão insuportáveis foram as nossas perdas. Que ela pode voltar a ser boa.”

   Entretanto, algo que eu gostei muito foram os momentos em que a protagonista da obra relembra a vida com o seu pai. É bem emocionante saber o quanto os dois eram próximos um do outro, as músicas que os dois cantarolavam juntos. Uma relação bem bacana de pai e filha. A autora acertou em cheio ao focar nesta parte.  
   Apesar de discordar em vários aspectos, o livro possuiu um desfecho bacana, incerto e um tanto triste, o que ao mesmo tempo é bom e ruim. Bom, pois a autora se diferenciou de muitos escritores, e ruim porque isso acarretou eventos dramáticos que Katniss não merecia viver. Mas enfim, “Jogos Vorazes” acabou tornando-se uma trilogia ótima. Super indico para quem gosta de aventura, distopia, romance, ação e drama, muito drama.
   Dos três livros, esse foi o que menos me conquistou. Mas mesmo assim, não deixo de indicar. Boa leitura! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...