quinta-feira, 6 de junho de 2013

Resenha: Adeus, por enquanto, de Laurie Frankel













"A talentosa autora de "Atlas do Amor "inova em seu segundo romance, no qual conta a história do jovem casal que estendeu seu amor para além dos limites da vida. Não é milagre e nem magia, é pura ciência da computação. Graças ao software que Sam Elling, um divertido programador do MIT, desenvolve, torna-se possível conversar com projeções perfeitas de pessoas queridas que morreram. Assim, ele ajuda sua namorada a superar a perda recente da avó, mas não esperava que um dia fosse precisar se tornar usuário de seu próprio programa..."

   Primeiramente: não pensem que é uma história de pura tecnologia, distante e sem sentimentos. Muito pelo contrário, "Adeus, por enquanto" aborda toda uma gama de sentimentos, nunca de forma mórbida - afinal, o tema central é morte, perda...-, mas de uma maneira ágil, muitas vezes com humor e leveza narrados perfeitamente. 
   Já de cara encontrei personagens ótimos, todos apaixonantes e ousados! Porém, - infelizmente tem um "porém" - senti uma certa falta dos meus queridos personagens secundários, que geralmente deixam a história mais incrementada, perdendo assim o risco de o leitor enjoar facilmente dos protagonistas -. Mas neste caso, há uma exceção e uma salvação!, pois Sam e Meredith são ótimos! E juntando isso com uma narrativa simples e complexa ao mesmo tempo (Sim, isso é possível), fica melhor ainda!
   Entretanto, o que me chamou muito a atenção foi a edição da obra, que apesar de ter uma capa muito bem criada, bem parecida com a britânica, "Adeus, por enquanto" possuiu erros marcantes de português e coesão. São poucos, porém significativos. Mas não a ponto de atrapalhar completamente na leitura. 
   Além desse fator, em certos momentos a obra é bem previsível, mas no decorrer de alguns capítulos (Todos eles com título. Amo capítulos assim!) somos surpreendidos. E um fato que me deixou muito estranho (Não sei dizer se fiquei furioso ou surpreendido) foi o momento em que houve a criação do "RePose", um sistema inventado pelo Sam, onde os mortos conversam com seus parentes ainda vivos, matando assim a saudade um do outro. Só sei que de uma coisa eu tenho certeza: foi algo chocante! Mas o legal foi que na obra há uma certa discussão em torno deste assunto: "será que o sistema RePose faz o bem, ajudando no luto, ou é simplesmente mais um forma que o ser humano criou para ganhar dinheiro, de continuar sendo apensa um cidadão capitalista?". E o mais incrível é que Laurie Frankel, autora da obra, consegue manter esse assunto forte, narrando de uma forma doce e simples, porém com detalhes incompletos.  
   Tudo bem que eu não curto muito uma história enrolada, mas os acontecimentos de "Adeus, por enquanto" passaram feito um avião: rápido. E apesar disso não ter prejudicado na leitura, confesso que gostaria de uma descrição mais detalhada e elaborada. Além disso, o que me deixou um pouco triste foi o desfecho da obra (Senti falta de mais páginas. Enfim, de uma continuação...) 
   Mas Lucas, você gostou ou não? Pois houve tantos "poréns" na resenha... 
   Sim, eu gostei muito do livro! O final melancólico - incomum, digamos - foi o momento mais incrível de toda a obra (Gosto de drama tá!). E quando eu paro para pensar na obra, chego na seguinte conclusão: "Adeus, por enquanto" é inteligente, ágil e emocionante. Recomendadíssimo! 

“Você acha que vai ter todo o tempo do mundo. Acha que sempre vai existir ‘mais tarde’. Às vezes, de repente, horrivelmente, não há.”

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