sexta-feira, 28 de junho de 2013

Resenha: O Guardião do Tempo, de Mitch Albom














Dhor sempre foi obcecado por enumerar coisas. Quando percebeu um padrão entre o nascer e o pôr do sol – que se repetiam um após o outro, infinitamente –, ele aprendeu a contar os dias. Ao descobrir que a lua mudava de forma e depois voltava ao seu formato original, passou a contar os meses.Sem saber, movido por uma curiosidade ingênua, Dhor estava aprisionando a maior dádiva de Deus: o tempo. E pagaria um preço alto por isso, sendo banido para uma caverna durante seis milênios. Imune aos efeitos dos anos, passava seus dias sozinho, forçado a ouvir as vozes das pessoas implorando por mais minutos, mais dias, mais anos – querendo esticar os momentos de felicidade e encolher os instantes de sofrimento. Depois de compreender o mal que havia criado ao fazer a vida girar em torno de um relógio, Dhor é mandado de volta à Terra com uma missão: ensinar a duas pessoas o verdadeiro sentido do tempo. Ele escolhe uma adolescente desiludida, prestes a pôr fim à própria vida, e um homem de negócios rico e poderoso que pretende desafiar a morte e viver para sempre. Cada um à sua maneira, eles precisam entender que o tempo é um dom precioso, que não pode ser desperdiçado nem manipulado. Para salvar a própria alma e concluir sua jornada, Dhor precisará salvá-los. Antes que o tempo se esgote – para todos.

   Assim que iniciei a leitura do lançamento da editora Arqueiro, "O Guardião do Tempo", estranhei um pouco a forma como o autor da obra, Mitch Albom, narra os acontecimentos. De uma forma um tanto inusitada, com focos direcionados a acontecimentos básicos, Albom consegue construir uma história simples, porém vendo "magia nas coisas simples da vida", como a própria autora de "P.S. Eu te amo", Cecelia Ahern descreveu. 
   A obra é realmente muito boa, sem dúvidas foi uma grande conquista da editora Arqueiro. "O Guardião do Tempo" consegue prender o leitor facilmente, e com apenas 240 páginas, o autor da obra desenvolve um drama emocionante. 

"(...) Uma onda começa a se formar no mar e um garoto se ergue sobre sua prancha de surfe. Firma os dedos dos pés. Direciona a prancha para a onda. O mar se imobiliza. Ele também" 
- Página 46.

   Albom errou em apenas um detalhe: a falta de personagens secundários. Para quem acompanha as minhas resenhas, sabe, que pra mim, um livro bom é um livro com muitas histórias, ou seja: muitos personagens - mas obviamente não a ponto de afetar na leitura. Muitos escritores estão fazendo uso apenas dos protagonistas, ou seja: estão "fechando", digamos assim, a trama em apenas em uma ou duas personalidades. Com "O Guardião do Tempo" não foi diferente, tendo apenas três protagonistas, cada um com o seu drama, o escritor norte-americano não se aprofundou muito na vida desses personagens principais, fez uso apenas de elementos básicos para o leitor, como por exemplo: a relação do protagonista com sua família/amigo. Confesso que isso em deixou um pouco decepcionado, pois os capítulos passavam e mais revelações da vida de Sarah, Victor e Dhor não surgiam. 
   Fora esse fator, o escritor norte-americano não "pecou" mais em nada. Com uma edição muito bonita - principalmente a capa e os capítulos divididos em frases com ênfases - não encontrei nenhum erro ou falta de coesão. A tradução ficou por conta de Lúcia Ribeiro da Silva.  
   Enfim, com uma história leve, mas muito bem escrita, Albom conseguiu passar um mensagem legal e básica para o leitor: aproveite o seu tempo.  

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